Entra ano, sai ano, e o óleo de soja segue como o grande motor da indústria nacional de biodiesel. Nos primeiros seis meses deste ano, mais de três quartos do biodiesel fabricado no Brasil foram feitos com o derivado do principal produto do agronegócio brasileiro. Para saber se vai mesmo “dar pé” chegar até o topo da rampa de crescimento prometida pela Lei do Combustível do Futuro, portanto, precisamos ter alguma clareza a respeito da evolução da oferta de soja nos próximos anos.
Não apenas isso, mas também sobre nossa capacidade de reter o grão no mercado interno para ser processado e de atender às exigências relacionadas à rastreabilidade e à sustentabilidade na produção dessa biomassa.
Sobre esses assuntos, a Conferência BiodieselBR 2025 organizou o painel O mercado de soja e a rastreabilidade da matéria-prima do biodiesel, com o CEO da MerX, Gustavo Vasquez; a analista sênior de grãos e oleaginosas do Rabobank, Marcela Marini; e o vice-presidente de Relações Institucionais da Acelen, Marcelo Lyra.
Aumento na produção
Abrindo o painel, a analista Marcela Marini aponta que, apesar de a situação não ser tão favorável para as empresas do agro quanto em anos anteriores, nada indica uma redução na área plantada com soja na temporada 2025/26.